À saída da padaria, cai-me o saco com os pães ao chão. Um deles aterrou numa poça e ficou irremediavelmente perdido, ainda quentinho.
À tarde, depois de ter comprado um presente para a amiga da filha, pouso o saco para ajudar os miúdos a subir para um cavalo de meter moeda. Eles riem, divertidos. Meto a moeda, contra os meus princípios, e o euro esvai-se em duas ou três galopadas no ar. Vamos embora e esqueço-me do saco com o presente, com rebuçados e tudo.
Quando me lembro dele e volto ao cavalo, já alguém se aproveitou da minha distracção.
Raiva de ser assim tão cabeça-no-ar.
3 comentários:
" tantas coisas parecem cheias da intenção de se perderem, que a sua perda não é uma calamidade"
Assim começa um dos meus poemas preferidos, de Elizabeth Bishop.
Beijinhos. E saudades, pá! Há quanto tempo sem saber de ti...
Há dias e dias...
Muito bonito, Alecrim. Saudades tuas também!
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