quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Desvalorizar/Valorizar o que é negativo/positivo


Decididamente, tenho de deixar de ser tão pessimista.

Já me cansa a minha própria tendência para desvalorizar o que faço bem, para dar sempre ênfase ao que está mal, ao que podia ser melhor. O perfecionismo leva-me a ter medo de terminar seja o que for, porque no momento em que o processo acaba torna-se impossível melhorar o produto. Nos piores momentos, chega a ser contraproducente: tolhe-me a vontade de fazer seja o que for, porque parto do princípio de que não vou chegar aonde deveria. O derrotismo segreda-me, a propósito de quaisquer projetos, que não vale a pena tentar concretizá-los, porque há sempre quem faça melhor do que eu.
Este semestre letivo está a começar mal...
Mas lá estou eu a destacar o lado negativo, quando podia valorizar o que tem acontecido de bom.
Pronto, vou esforçar-me para reverter esta tendência. Reformulando:

Decididamente, vou ser mais otimista.

Estou entusiasmada para começar a valorizar o que faço bem, para dar menos importância ao que não ficou perfeito. O perfecionismo deve ser domado, para que conduza ao melhor resultado possível, sem levar ao receio de terminar aquilo que está a ser feito. Deve ser um estímulo, que me dê vontade de fazer mais e melhor. O otimismo dar-me-á alento, a propósito de quaisquer projetos, recordando-me de que vale sempre a pena tentar, porque ninguém fará por mim aquilo que eu imaginei fazer.
Este semestre letivo está a começar bem.
Vou destacar o lado positivo, valorizando tudo o que acontece de bom.
É isso. Vou esforçar-me para ampliar esta tendência.

2 comentários:

Anónimo disse...

tb sou uma pessimista dependente e tenho dois filhos, ele mais que ela, também o são. E nem imagina o que me passo pelos pessimismos deles, em especial do dele. Ele terminou agora a licenciatura. Anda na fase de concorrer a empresas à procura do seu mundo de trabalho. E nem imagina as frases mais pessimistas que ele e diz. Parece um derrotado à procura do santo graal. Como pode vencer, se ele não acredita na sua potencialidade? E que ele as tem, não há qualquer dúvida nisso, mas deita tudo a perder por ser dominado pelo pessimismo. Até me esqueço que tb o sou. Temos mesmo de o dominar antes que ele nos domine a nós.

tikka masala disse...

É isso! Quando recordamos que somos espelhos uns dos outros e que, para além disso, os filhos tendem a reproduzir os padrões dos pais, o que há a fazer é ouvi-los e pensar: «se fosse eu a falar, o que gostaria que me dissessem?», ou melhor, «o que seria importante para mim ouvir?»