sexta-feira, 11 de junho de 2010

Quase fim

Vá lá. tenham paciência, hoje é o último dia... já pensaram? É o último dia em que têm de me ouvir a falar de matéria, nunca mais vão ter de me ouvir!
Alguns interrogaram-me: «nunca mais?!»

Não, nunca mais.

No fim da aula, duas alunas conversaram comigo no caminho para outro pavilhão. Uma delas parou e disse-me seriamente: «mas olhe que eu gosto de si.» E repetiu, sem graxa, sem ironia, com seriedade, quase como quem dá a sua opinião profissional. (Afinal, todos os alunos são estudantes profissionais): «Gosto de si.»
E a outra, espontaneamente, acrescentou: «olhe que não deve mudar a sua maneira de dar as aulas, porque com os outros professores ainda é pior!».

Fui-me embora com uma agradável sensação de alívio. Sei que não se trata de me tentarem engraxar, é apenas a opinião delas. As notas são o que são, quem as recebe é quem as dá (a si próprio). O resto, quando conseguimos fazê-la, é uma análise relativamente objectiva dos factos, dentro da maneira subjectiva de ser de cada um. E eu acredito que haja opiniões de todos os tipos a respeito das minhas aulas, como a respeito das outras. Não se pode nunca agradar a todos, mas também há gostos para tudo.
E eu estou disposta a ajudar todos, se algum dia precisarem de mim. TODOS. Os que tiveram boa nota e os que chumbaram. Os que conversaram comigo e aqueles cuja voz nunca ouvi. Tanto me faz. Todos merecem o que eu lhes puder dar.

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