quarta-feira, 23 de junho de 2010



Às vezes sinto-me só.
A culpa não é de ninguém, claro.
A vida é tão cheia, tão aflitiva, de facto,
que nem se imagina
como é que alguém pode ter tempo, sequer,
para sentir o vazio.
Deve ser engano, pensam talvez.
Arranjo uns minutos na agenda, de vez em quando, para ir dar uma volta à rua,
Apanhar ar, pôr as ideias no lugar.
Tenho tanto em que pensar!
Mas dou comigo, então,
a desejar encontrar alguém ligeiramente conhecido,
sei lá, um vizinho a passear um cão
(incrível, não é?)
uma alma com quem conversar uns minutos
para afastar esta estranha solidão.

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