quarta-feira, 21 de abril de 2010

Com amizade

Na dedicatória que fez o obséquio de me endereçar, o ilustre prefaciador assinou «com amizade», apesar de nunca me ter visto antes.
Reconheço que é um gesto de simpatia, de cortesia, para com a pessoa anónima, que assim se pode vangloriar: «vêem, ele até me escreveu esta dedicatória no livro!» - com orgulho indisfarçado pela sugestão de familiaridade contida naquelas breves, mas inequívocas palavras.
Mas custa-me um pouco recebê-las assim, de um estranho, por mais consideração que tenha por ele. E também não me sentiria bem em escrevê-las, se estivesse no seu lugar.

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