Se não fosse a obrigação do convívio familiar, o Natal passar-me-ia completamente ao lado.
Toda a gente se queixa da azáfama dos presentes, mas ninguém tem a coragem - e a decência - de dizer "basta!". A confusão no supermercado leva-me a optar pela mercearia da esquina, onde não se nota tanto que as pessoas andam apanhadas pela febre do festejo ritual.
Não compreendo as mensagens de SMS que me desejam felicidades, como se durante todo o resto do ano as pessoas que as enviam se borrifassem para o que me acontece. Recebo algumas de alunas a tratarem-me por tu, que são obviamente enviadas em massa para todos os seus contactos e nem me dou ao trabalho de agradecer.
Não me interessam, sequer, as férias, só desejo que a vida volte ao normal.
Devo ser mesmo esquisita.
2 comentários:
Não é esquisita. Acho até perfeitamente normal. A diferença é apenas aparente.
O Natal, com a pressão do consumismo, será apenas bom para quem faz negócio. E os consumidores não têm a coragem de reconhecer que estão a ser levados.
Tão simples como isso.
Hoje, cá em casa, foi um dia de trabalho duro. Com o inconveniente de estar a chover. As compras de última hora — há sempre algo que ficou esquecido — são um tormento. Se vamos de carro, com a falta de lugares no parque, apanhamos uma molha do estacionamento até à loja; s vamos a pé,igualmente.
Depois, os muitos afazeres em casa são permanentemente interrompidos por telefonemsd e telefonemas que só interrompemos quando nos cheira a queimado...
Não há magia de Natal que resista. Mas temos de entrar na onda.
Temos?
Considero seriamente a hipótese de fugir para longe, no próximo Natal...
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