Ao balcão, um homem obeso pede uma fatia de bolo, com ar guloso e determinado. Dou por mim a olhar fixamente para ele, avaliando-lhe as curvas do corpo debaixo do fato, e a perguntar-me se ele não sentirá vergonha de expor daquela maneira sua gula.
Depois pergunto-me se não devia eu sentir vergonha por estar a condená-lo assim, gratuitamente.
2 comentários:
Ó mulher, descontrai!
:)
Beijinhos
(abaixo a vergonha, e a culpa, e esses atrasos de vida)
Tens razão, Alecrim. Abaixo esses atrasos de vida. Mas são coisas que me passam pela cabeça, o que é que eu posso fazer?
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